Perdi-me tentando me encontrar,
Achei-me tentando me perder.
Consegui-te sem dar-te atenção,
Perdi-te ao te dar meu coração.
Quanto mais tentei me despedaçar, mais forte eu ficava.
Quanto mais eu queria ser forte, mais pedaços de mim se soltavam.
Eu já chorei por alguém e prometi nunca mais chorar,
Mas eu chorei de novo.
Eu me meti em confusões por você,
Fiz todas aquelas coisas que prometi nunca fazer.
Eu já tentei te esquecer sem sucesso.
E eu já tentei te resgatar em mim
E te perdi, talvez para sempre...
Eu me achei num novo sorriso de um novo alguém.
Numa nova resposta de outro lado
E nem prestei atenção, obcecada em recuperar-te.
Agora o quero e não sou mais a perfeita nova complicação deste.
Eu me perdi mais uma vez e ainda não me encontrei.
E hoje, que acordei olhei-me no espelho
Ele se quebrou em mil pedaços
E então vi que atrás dele um novo espelho...
Com uma mulher tão desconhecida por mim,
Mas que ao mesmo tempo me dava uma sensação de auto-conhecimento,
Um orgulho por dentro.
E eu ergui a cabeça a olhei de novo, da cabeça aos pés.
Senti como se houvesse uma fortaleza dentro dela,
Como se fosse uma guerreira e todos a olharam diferente do que olhavam para mim...
Senti que ela descobriu que não havia nenhum motivo pra chorar por homem nenhum.
Nem por uma falsa amiga ou quem sabe uma briga.
Ela é independente, auto-suficiente e não abaixa o rosto para ninguém.
Sabia ser superior, quando relevar uma briga sem se alterar.
Por que aquela discussão não merecia tosa essa atenção.
Ela é uma mulher que sabe olhar para tudo que todos veem mas ninguém nota.
E sabe fazer uma música inteira duma simples nota.
Vive acordada a sonhar, sem da vista se distanciar.
Tem criatividade e a expressa com liberdade.
E eu olhei mais uma vez sem acreditar, e sabe quem era aquela mulher?
Aquela mulher era a menina que se encontrava na frente do espelho,
Com uma carinha de choro e desespero,
Pensando em ti.
Deste dia em diante, neste mundo, mais uma menina virou mulher,
Por que aprendera a se conhecer, se avaliar, se comprometer com o que acredita...
E nunca, mas nunca mesmo, desistir da vida, de viver.
Aquela mulher sou eu, aquela menina é como eu era.
Nenhum comentário:
Postar um comentário